• Anvisa aprova a realização de inspeção remota de produtos importados

    4 fevereiro 2022
    238 Visualizações

    Data de publicação: 03/02/2022
    Data de atualização: 04/02/2022

    A Anvisa aprovou a realização de inspeções remotas de bens e produtos importados sujeitos à vigilância sanitária em portos e aeroportos. Além de aprimorar o controle sanitário nas chamadas portas de entrada do país, a medida atende à necessidade da manutenção do distanciamento social em decorrência da pandemia de Covid-19.

    A proposta de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) teve relatoria da diretora Cristiane Rose Jourdan Gomes e foi aprovada por unanimidade durante a 1ª Reunião Ordinária Pública da Diretoria Colegiada (Dicol) da Agência em 2022, realizada nesta terça-feira (01/02). Em breve, a RDC será publicada no Diário Oficial da União (DOU), estabelecendo o início da sua vigência.

    A norma regulamenta a realização de inspeções físicas de forma remota mediante a utilização de ferramentas de tecnologia da informação nessas inspeções de carga, de modo a fornecer aos servidores que autorizam a importação informações necessárias para a conclusão de sua análise quanto à regularidade da mercadoria que é objeto da inspeção.

    “Esta modalidade de inspeção permite a atuação da Anvisa na fiscalização sanitária de forma mais célere, econômica, eficiente e segura, do ponto de vista técnico e jurídico”, afirmou a relatora. No voto, Cristiane Rose Jourdan Gomes destacou também que se trata de uma simplificação do processo de trabalho, que poderá ser executado por menos pessoas, em menos etapas e de forma alinhada aos demais órgãos envolvidos na anuência, ou seja, na aprovação de produtos importados.

    Na prática, a medida vai abranger todos os bens e produtos importados sujeitos à vigilância sanitária, podendo substituir a inspeção presencial, a critério da autoridade sanitária, em todas as modalidades de importação. Isso significa que as anuências serão realizadas por servidores da Agência de forma remota, mas também poderão acontecer de forma presencial em postos instalados em portos e aeroportos, quando for necessário.

    Desde junho de 2021, a Anvisa tem realizado inspeções remotas de cargas no âmbito de um projeto-piloto que já foi, inclusive, tema de um seminário virtual (webinar). Desde então, cerca de 40 inspeções foram realizadas com o uso de diversas plataformas, resultando em experiências bastante exitosas.

    Anualmente, a Agência atua em mais de 300 mil processos de importação, considerando apenas a modalidade do Portal Único de Comércio Exterior (Siscomex), sem contar as importações por meio das demais modalidades, como as remessas expressas e postais.

    Tecnologia

    A inspeção sanitária remota será realizada por meio de tecnologia de videoconferência, contratada pela Anvisa ou por sistemas específcos para essa finalidade. A tecnologia deverá permitir o agendamento da inspeção, o acesso via Internet, a transmissão de imagens em tempo real, a captura de imagens, o download dos arquivos resultantes da inspeção e, por fim, a gravação e posterior acesso ao material gravado.

    As condições em que irá ocorrer a inspeção remota não devem comprometer o estado e a conservação dos produtos, e devem proporcionar adequada visualização dos itens inspecionados e também da rotulagem, bem como a compreensão da voz e da fala de todos os envolvidos na atividade. Além disso, devem permitir a veri?cação das condições ambientais do local.

    Quando solicitado, o importador deverá anexar o comprovante de atracação da carga ao dossiê de importação. Caberá ao importador seguir as instruções da Anvisa e comparecer presencialmente à inspeção ou enviar representante devidamente autorizado por procuração. Em casos excepcionais, a inspeção sanitária remota poderá ser reagendada.

    O diretor Alex Campos, supervisor da área de Portos, Aeroportos e Fronteiras, destacou que todas as ferramentas tecnológicas disponíveis devem vir ao encontro da necessidade de melhor atender às mais de 300 mil importações analisadas anualmente pela Anvisa.

    Finalidade da inspeção

    A inspeção de cargas importadas consiste no conjunto de medidas destinadas a verificar o cumprimento da legislação sanitária brasileira. Trata-se de um dos instrumentos de fisscalização sanitária, que tem como objetivo eliminar ou prevenir riscos à saúde humana.

    O procedimento viabiliza a conferência das informações documentais apresentadas nos processos de anuência de importação, permite a veri?cação das condições de armazenagem das cargas e possibilita a identificação de falhas nas embalagens e rotulagens antes do desembaraço (liberação da carga), além da intervenção em situações que possam comprometer a integridade, a segurança e a qualidade dos produtos. A inspeção é um procedimento complementar à análise documental da importação.

    Consulta Pública

    Em 2021, a proposta passou por Consulta Pública e contou com contribuições de pro?ssionais de saúde, do setor regulado e de outras representações. A maior parte dos participantes se manifestou a favor da proposta, com a percepção positiva de impactos. O texto contou, ainda, com a análise jurídica da Procuradoria Federal junto à Anvisa.

    Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa

    Leia mais...
  • Corrente de comércio internacional do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos atinge a marca de 1.4 bilhão de dólares em 2021

    4 fevereiro 2022
    257 Visualizações

    Data de publicação: 02/02/2022
    Data de atualização: 03/02/2022

    Os números da balança comercial do setor brasileiro de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos surpreenderam e fecharam o ano de 2021 apontando uma corrente de comércio de US$ 1.4 bilhão, representando aumento de 16,2%, sobre 2020, quando foi de US$ 1.2 bilhão. O dado reforça o potencial competitivo da indústria nacional de HPPC, consolidando a sua posição na casa dos bilhões de dólares em transações comercias internacionais.

    As exportações da Indústria de HPPC alcançaram o valor de US$ 700 milhões em 2021, crescimento de 14,9% em relação ao ano anterior (US$ 609.3 milhões). Dezembro foi um mês decisivo para que o setor fechasse o ano com superávit de US$ 11,6 milhões na balança comercial, pelo segundo ano consecutivo, após dez anos com déficit.

    “Foi uma boa surpresa no fechamento do ano: o saldo vinha deficitário, mas com o aumento das exportações a partir de agosto e o com mês de dezembro decisivo, alcançamos o superávit na balança comercial do setor”, afirma João Carlos Basilio, Presidente – Executivo da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

    Os Produtos para Cabelos se mantêm nos últimos anos na liderança das categorias mais exportadas. Em dezembro de 2021, a exportação desses itens somou US$ 17.8 milhões. Em seguida, estão Sabonetes (US$ 14.8 milhões) e Produtos de Higiene Oral (US$ 7.3 milhões).

    Em 2021, o Brasil exportou produtos de HPPC para 173 países. Os vizinhos da América Latina são os principais parceiros comerciais, liderados pela Argentina. Chama a atenção o aumento de exportações no último ano para outros países da região, como Chile e México.

    No caso das importações, a França e a China lideram a lista de 75 países que vendem produtos para o mercado brasileiro. Os produtos mais importados em dezembro foram itens de alto valor agregado, como os Cremes para Pele/Protetores/Bronzeadores (US$ 7.5 milhões) e Fragrâncias (US$ 7.3 milhões), e também os Produtos de Higiene Oral (US$ 7.7 milhões). Uma curiosidade é que a categoria Higiene Oral aparece nas primeiras posições tanto na lista de exportações como na de importações. As importações desta categoria são puxadas pela compra de escovas de dentes, mas o Brasil exporta outros itens da categoria, com destaque para os cremes dentais.

    No período de janeiro-dezembro de 2021, as importações do setor de HPPC alcançaram US$ 688.4 milhões, aumento de 17,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior (US$ 585.9 milhões).

    Fonte: Apex-Brasil

    Leia mais...
  • Exportações das fabricantes nacionais apoiadas pelo Brazilian Health Devices crescem 31,1% em 2021

    28 janeiro 2022
    251 Visualizações

    Data de publicação: 27/01/2022
    Data de atualização: 28/01/2022

    Mesmo com a pandemia de covid-19 ainda em curso afetando a economia global, a indústria de saúde brasileira apoiada pelo Brazilian Health Devices (BHD), projeto de exportação da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), apresentou crescimento de 31,1% em 2021 no comparativo com 2020. Esse é o melhor resultado dos últimos cinco anos.

    Ao todo, as 145 indústrias que atuam nas quatro verticais do projeto (médico-hospitalar, odontologia, reabilitação e laboratório) comercializaram US$ 116,6 milhões em dispositivos médicos ao longo dos 12 meses. Esse montante representa 16,5% do total de exportações brasileiras do setor (US$ 746,8 milhões).

    O crescimento das empresas apoiadas pelo projeto vai na contramão das exportações totais de dispositivos médicos brasileiros, que tiveram retração de 1,6% em 2021 puxada pelo segmento laboratorial que registrou, no período, queda de 43,8%. “Essa diminuição ocorreu principalmente pela redução das vendas de reagentes para diagnósticos laboratoriais. Em 2020, dado o aumento exponencial nos casos de covid-19, houve alta demanda internacional para compra deste produto. Já em 2021, essas exportações reduziram voltando à uma taxa mais habitual”, explica José Fernando Dantas, analista de Acesso a Mercados da ABIMO.

    Interessante observar que mesmo diante da queda nacional das vendas do setor de laboratórios, as empresas apoiadas pelo BHD e que atuam nessa vertical cresceram 36,1%. “Diante de uma pandemia onde há uma alta busca por melhores condições e produtos, é importante destacarmos a relevância do apoio à internacionalização da indústria de saúde brasileira”, declara Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing internacional da ABIMO.

    Presença brasileira em mercados internacionais

    O Brazilian Health Devices (BHD), iniciado em 2002 com o intuito de promover as exportações dos dispositivos médicos brasileiros, contribuiu para consolidar as marcas nacionais em mais de 130 países no último ano. Em 2021, essas exportações se concentraram na América e na Europa, sendo que Argentina, Bélgica, Chile, Colômbia, Estados Unidos e Suíça se configuram como principais destinos.

    “Há um fluxo de comércio mais consolidado com países europeus e americanos, mas não podemos deixar de destacar outras regiões geográficas onde também estamos presentes com atuação importante. Na Ásia, por exemplo, destacam-se as relações com países como China, Índia, Japão, Rússia e Singapura”, explica Larissa.

    Ao longo de 2021, as empresas nacionais expandiram suas fronteiras e passaram a exportar também para países como Butão, Guadalupe, Ilhas Virgens, Sudão do Sul, Tadjiquistão e Turcomenistão.

    Fonte: Apex-Brasil

    Leia mais...
  • Odontologia brasileira fortalece relações comerciais internacionais na AEEDC

    28 janeiro 2022
    288 Visualizações

    Data de publicação: 27/01/2022
    Data de atualização: 28/01/2022

    A indústria brasileira voltada ao setor odontológico estará em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre os dias 1º e 3 de fevereiro para participar da AEEDC, maior feira do segmento na região do Oriente Médio, África e Ásia. Compondo o pavilhão do Brazilian Health Devices (BHD), projeto de exportação da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), 15 empresas apresentarão seus portfólios interessadas no comércio com a região.

    Entre as empresas participantes do BHD que fabricam itens para uso odontológico o volume de exportações entre janeiro e outubro de 2021 foi de US$ 31 milhões, o que representa 39,3% das exportações totais do setor no país. “Para a indústria brasileira, a participação na AEEDC é uma excelente oportunidade de fomentar novos negócios e fortalecer o relacionamento com os clientes já consolidados”, comenta Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing internacional da Abimo.

    Esse é justamente o objetivo da DFL, uma das maiores fabricantes mundiais de anestesia injetável para uso odontológico. De acordo com Cristina Wolowski, consultora de negócios internacionais da marca, esse é o momento da retomada e o setor está ansioso pela volta dos encontros presenciais. Na opinião da especialista, o mercado árabe é um dos mais receptivos aos produtos brasileiros e estar em contato direto é fundamental. “Árabes e brasileiros têm uma ótima relação comercial e de confiança, o que é imprescindível para a construção de long term business, que é o que buscamos e precisamos para ter sucesso no mercado internacional”, destaca.

    Concordando que a oportunidade de encontrar os parceiros pessoalmente é excelente para os negócios, Lygia Madi, gerente de relacionamento corporativo da Angelus, declara que a empresa está com alta expectativa pela participação no evento após dois anos de afastamento. “Devido ao nosso sólido relacionamento com os clientes, crescemos nesses mercados durante a pandemia. Mas como o contato pessoal conta muito, acreditamos que esse ano teremos uma boa retomada ao encontrar nossos parceiros para alinhar estratégias, falar de lançamentos e entender o momento que cada mercado está vivendo”, comenta. A marca leva cimentos biocerâmicos e produtos de fibra de vidro e clareadores para a AEEDC.

    Mas as fabricantes brasileiras não seguem para Dubai apenas para fortalecer os vínculos já criados. Elas também buscam expandir seus negócios. Eduardo Campana, da Aditek, comenta que a fabricante de produtos de alta tecnologia para o ramo odontológico já tem bons contatos com países como Arábia Saudita, Azerbaijão, Egito, Emirados Árabes, Iêmen e Turquia, mas há ainda muito a ser explorado. “Estamos em busca de parceiros no Irã, Kuwait, Líbano e Qatar”, diz ele que reforça que esses mercados recebem muito bem os produtos brasileiros por enxergarem a possibilidade de adquirir qualidade somada a preço competitivo.

    Outro ponto extremamente relevante da AEEDC é que por se tratar de um evento com caráter mundial e que recebe representantes de mais de 150 países, as relações comerciais não ficam restritas ao Oriente Médio e norte da África, como relembra Cristina. “Neste momento, com cancelamento de feiras na Europa, estamos agendando reuniões com distribuidores dessas outras regiões”, finaliza.

    Fonte: Apex-Brasil

    Leia mais...
  • CNI defende renovação dos regimes de importação do Mercosul

    21 janeiro 2022
    289 Visualizações

    Data de publicação: 19/01/2022
    Data de atualização: 20/01/2022

    A reunião de Cúpula do Conselho Mercado Comum do Mercosul (CMC) nos dias 16 e 17 de dezembro de 2021 foi uma oportunidade para avançar em uma agenda pragmática e focada no tema econômico e comercial, na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A principal prioridade é a renovação dos regimes de importação de máquinas e equipamentos e das listas de exceções da tarifa externa comum: Ex-tarifário e Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (LETEC), ambos com vigência até o fim de 2021.

    A última cúpula sob a presidência brasileira também deve priorizar a estabilidade e a busca de consensos no bloco para evitar as turbulências que hoje têm afetado a previsibilidade para o setor empresarial. Outras prioridades da indústria nacional são a internalização dos acordos de compras governamentais do Mercosul e de facilitação de comércio do bloco, além do Acordo de Livre-Comércio Mercosul-União Europeia, no nível extrarregional. A indústria quer um Mercosul mais competitivo, integrado entre si e aberto ao mundo.

    As exportações do bloco representam o maior impacto na produção por R$ 1 bilhão exportado, gerando R$ 4,2 bilhões na economia. O Mercosul, contudo, passa por momento de perda de importância comercial que precisa ser revertido com políticas individuais e conjuntas.

    Fonte: Confederação Nacional da Indústria – CNI

    Leia mais...
  • Exportações de frango brasileiro cresceram 9% em 2021

    10 janeiro 2022
    266 Visualizações

    Data de publicação: 07/01/2022
    Data de atualização: 10/01/2022

    Os embarques de carne de frango brasileiro para o exterior (considerando todos os produtos, in natura e processados) totalizaram 4,6 milhões de toneladas em 2021. Este foi o maior volume já registrado pelo setor em um único ano, de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

    As exportações cresceram 9% em volume no comparativo com o total exportado pelo Brasil em 2020. Já a receita das exportações totalizou US$ 7,66 bilhões em 2021, um crescimento de 25,7% em relação a 2020.

    No mês de dezembro de 2021, as exportações de frango somaram 411 mil toneladas, uma alta de 7,7% no comparativo com o último mês de 2020. A receita subiu 29,9% no período, totalizando US$ 718,9 milhões em dezembro de 2021.

    A China continua sendo o principal mercado da carne de frango do Brasil, com 14,3% do total exportado. O gigante asiático comprou 640 mil toneladas em 2021, volume 4,86% menor que em 2020. Outros destaques da região foram Japão e Filipinas, que importaram, respectivamente, 448,9 mil toneladas (+9,35%) e 168 mil toneladas (+180%).

    Fonte: Agência Anba – Anba

    Leia mais...
  • Brasil pode ser líder na exportação do combustível do futuro

    4 janeiro 2022
    273 Visualizações

    Data de publicação: 03/01/2022
    Data de atualização: 04/01/2022

    Aposta mundial para uma economia de baixo carbono, o hidrogênio verde é apontado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) como uma das fontes de energia com maior potencial de inovação. O uso do combustível do futuro é parte da estratégia energética de ao menos 33 países, de acordo com o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês). Com o objetivo de tornar esse mercado viável, empresas estrangeiras têm intensificado parcerias no Brasil, de olho no alto potencial nacional dos setores eólico e solar.

    O hidrogênio é um combustível obtido por meio da eletrólise, processo químico em que uma corrente elétrica separa o hidrogênio do oxigênio que existe na água. O gás é chamado hidrogênio verde quando a eletricidade vem de fontes renováveis. Um dos pontos fortes do Brasil é justamente a matriz renovável, de modo que o país pode se tornar exportador do combustível em alguns anos. Para isso, é preciso superar desafios tecnológicos e regulatórios.

    Uma das grandes vantagens do hidrogênio é ser considerado um vetor de energia, ou seja, ele permite o armazenamento de energia para ser usada em outros setores, o que favorece a integração. Nos transportes leves, o hidrogênio é uma opção sustentável para o processo de eletrificação de veículos. Ao ser queimado, ele não produz dióxido de carbono, um dos gases responsáveis por intensificar o aquecimento global. O hidrogênio também é uma alternativa para setores de difícil abatimento de emissões de carbono.

    Estudo do Hydrogen Council publicado em fevereiro mostra que até 2050, 18% da demanda de energia global será de hidrogênio. Nesse patamar, haveria uma redução das emissões anuais de CO2 em cerca de 6 Gt em comparação com as tecnologias atuais, segundo o documento elaborado pela iniciativa lançada no Fórum Econômico Mundial.

    Já de acordo com relatório do Energy Transitions Commission (ETC), think tank especializado em crescimento econômico e mitigação das mudanças climáticas, em um cenário em que o hidrogênio represente de 15% a 20% de toda demanda energética global – o equivalente a um crescimento de 5 a 7 vezes da demanda atual – os investimentos necessários até 2030 seriam da ordem de US$ 800 bilhões por ano, considerando desde as fontes de energia até os eletrolisadores.

    Fonte: Confederação Nacional da Indústria – CNI

    Leia mais...
  • Comércio exterior brasileiro bate recorde de corrente, superávit e exportações em 2021

    4 janeiro 2022
    308 Visualizações

    Data de publicação: 03/01/2022
    Data de atualização: 04/01/2022

    Os números do comércio exterior brasileiro fecharam o ano de 2021 apontando uma corrente de comércio (soma de exportações e importações) recorde de US$ 499,8 bilhões e saldo com superávit – também recorde – de US$ 61 bilhões. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, divulgados nesta segunda-feira (3/1), houve recorde nas exportações, com US$ 280,4 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 219,4 bilhões, no quinto melhor resultado da série histórica, iniciada em 1989.

    A corrente de comércio cresceu 35,8% em relação ao ano anterior e superou o recorde de US$ 481,6 bilhões de 2011. O saldo comercial subiu 21,1% em relação ao de 2020 e ficou acima do recorde de US$ 56 bilhões de 2017. Nas exportações, o aumento foi de 34% em relação ao ano anterior, deixando para trás o recorde de US$ 253,7 bilhões de 2011. Já as importações subiram 38,2% em relação a 2020 e tiveram o maior resultado desde 2014, quando ficaram em US$ 230,8 bilhões. O recorde de valor importado foi o de 2013, de US$ 241,5 bilhões.

    O secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, destacou a recuperação da economia mundial como resultado do aumento da cobertura vacinal e de estímulos fiscais – fatores que influenciaram o desempenho da balança brasileira. Essa recuperação da demanda foi acompanhada de gargalos de oferta em vários setores, pressionando os preços de várias commodities.

    Neste cenário de preços mais altos de commodities, de acordo com Ferraz, países como o Brasil tiveram suas exportações impulsionadas em nível recorde, com ganhos de bem-estar provenientes da melhora dos termos de troca. “Isso quer dizer que o preço médio das nossas exportações cresceu mais do que o preço médio das importações”, explicou.

    Exportações

    Da parte das exportações, a Secex registrou o crescimento de preços (+28,3%) e de quantidades exportadas (+3,5%). As vendas externas aumentaram principalmente para os Estados Unidos (+44,9%), Mercosul (+37%), Associação de Nações do Sudeste Asiático/Asean (+36,8%), União Europeia (+32,1%) e China (+28%).

    Lucas Ferraz salientou que o crescimento das exportações de 2021 foi mais disseminado entre os destinos na comparação com 2020, quando a recuperação da demanda mundial ficou muito concentrada na Ásia, sobretudo na China. “Em 2020, nós tivemos uma concentração maior da nossa pauta comercial com o continente asiático. Em 2021, a gente observa uma diversificação maior, em função de uma recuperação econômica mais homogênea”, avaliou.

    Entre os setores, houve aumento de 26,3% da exportação de bens da Indústria de Transformação, com destaque para aço semiacabado (+101,3%), óleos combustíveis (+43,7%), ferro gusa (+36%), máquinas e equipamentos para engenharia e construção (+63,7%) e automóveis de passageiros (+20,8%). Na Indústria Extrativa, o crescimento das exportações foi de 62,4%, impulsionado por minério de ferro (+72,9%) e petróleo (+54,3%). Já as vendas dos produtos agropecuários tiveram 22,2% de crescimento, principalmente com a soja (+35,3%).

    Importação

    Nas importações, também houve crescimento de preços (+14,2%) e quantidades compradas (+21,8%). O país comprou mais, principalmente, do Mercosul (+44,7%), Estados Unidos (+41,3%), China (+36,7%), Asean (+31,1%) e União Europeia (+26,2%).

    A Secex contabilizou aumento de 45,7% na demanda por insumos e produtos intermediários, como insumos agrícolas, eletroeletrônicos e petroquímicos, entre outros. Em relação a 2020, também aumentaram as importações de medicamentos (+77,1%) – especificamente vacinas – e de combustíveis (+87,1%) e energia elétrica (+89%).

    Esse aumento das importações impactou o saldo final do ano, que ficou abaixo da última estimativa feita pela Secex – na casa dos US$ 70,9 bilhões -, mas foi considerado positivo. “O que houve foi uma surpresa positiva em relação às importações”, declarou Lucas Ferraz. E completou: “Isso naturalmente está correlacionado com a nossa recuperação econômica e, eventualmente, com alguma sazonalidade”. A aceleração dos preços dos bens importado também contribuiu para este aumento do valor das compras externas.

    Recordes em dezembro

    Considerando apenas o mês de dezembro, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 26,3% e somaram US$ 24,37 bilhões. As importações subiram 24% e totalizaram US$ 20,42 bilhões.

    Esse valor (da corrente de comércio) é recorde para meses de dezembro, assim como o valor de exportação e importação”, Herlon Brandão

    Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 3,95 bilhões, com crescimento de 39,7%, e a corrente de comércio aumentou 25,3%, alcançando US$ 44,78 bilhões. “Esse valor (da corrente de comércio) é recorde para meses de dezembro, assim como o valor de exportação e importação”, frisou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.

    Fonte: Ministério da Economia – ME

    Leia mais...
  • Balança comercial do agro bate recorde de US$ 8,36 bilhões em novembro

    13 dezembro 2021
    262 Visualizações

    Data de publicação: 10/12/2021
    Data de atualização: 13/12/2021

    Em novembro, as exportações do agronegócio somaram US$ 8,36 bilhões, recorde para o mês, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (10) pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

    O resultado positivo ocorreu em função dos elevados preços médios dos produtos exportados pelo Brasil. O índice de preço desses produtos foi 22,3% superior ao observado em novembro de 2020. Por outro lado, o índice de quantum apresentou queda de 12,7% no mesmo período analisado.

    O recorde anterior para os meses de novembro foi registrado em 2011, quando as vendas externas foram de US$ 8,31 bilhões.

    As importações de produtos do agronegócio cresceram 10,5%, chegando a US$ 1,45 bilhão. Esses valores também foram impactados pela alta dos preços médios, como trigo (+25,3%), papel (+22,9%) e óleo de palma (+59,7%). O saldo da balança comercial do agronegócio atingiu US$ 6,9 bilhões. O agronegócio contribuiu com 41,2% nas exportações totais brasileiras.

    De acordo com os analistas da SCRI, o principal destaque do mês foi a soja em grão, com incremento de 80,2% em quantidade, alcançando 2,6 milhões de toneladas no mês analisado. Os preços tiveram incremento de 38,7%, resultando em embarques de US$ 1,32 bilhão (+150%). A China foi o principal país importador da oleaginosa, alcançando 86,2% de todo o volume exportado, com 2,2 milhões de toneladas.

    Conforme os analistas, dois fatores são fundamentais para explicar o resultado favorável: atraso no plantio e colheita da soja, em função de condições climáticas adversas, e safra recorde da oleaginosa (137,3 milhões de toneladas em 2020/2021). Desta forma, as exportações do grão foram postergadas em 2021, e, em função do recorde de safra, ainda há grãos para a venda externa neste final de ano. Outro fator é a alta do preço médio de exportação do grão: US$ 511/tonelada (+38,7%).

    Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa

    Leia mais...
  • Egito pretende dobrar exportações de tâmaras

    13 dezembro 2021
    296 Visualizações

    Data de publicação: 10/12/2021
    Data de atualização: 13/12/2021

    O Conselho de Exportação da Indústria de Alimentos do Egito tem como objetivo aumentar as exportações de tâmaras do país para mais de US$ 100 milhões até 2024, em comparação com US$ 40 milhões obtidos no ano passado, aproveitando o crescimento da demanda global.

    O foco da expansão na exportação serão os mercados europeu e sul-americano, que atualmente compram em torno de 44 mil toneladas ao ano da fruta egípcia. Novas espécies, como as tâmaras Al-Medjoul e Al-Barhi, estão sendo cultivadas para se obter um produto mais adequado para exportação. O Conselho também visa aumentar o valor agregado da exportação, oferecendo derivados como a tâmara em pó e desenvolvendo as embalagens.

    Amjad El-Kady, diretor executivo do Centro de Tecnologia da Indústria de Alimentos, disse que, dentro da estratégia do estado de desenvolver o setor de tâmaras, busca-se alcançar o crescimento comunitário, agrícola e industrial, tendo em vista que o Egito é o maior produtor mundial de tâmaras, com um volume de produção de 1,7 milhão de toneladas por ano. Apenas 17% do volume produzido é exportado, no entanto.

    Fonte: Agência Anba – Anba

    Leia mais...