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Anvisa suspende importação do medicamento etesevimabe + banlanivimabe
Data de publicação: 16/09/2021
Data de atualização: 17/09/2021Por meio da Resolução RE nº 3.524, de 15 de setembro de 2021, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (16/09), a Anvisa suspendeu a importação da associação dos anticorpos etesevimabe e banlanivimabe, fabricada pela empresa Eli Lilly, localizada em Indianápolis, nos EUA.
Durante inspeção sanitária realizada pela agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA), membro do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme – PIC/S), foram evidenciadas deficiências na planta, culminando na publicação do Formulário 483 pela referida agência. O Formulário 483 é uma notificação oficial da FDA quando um investigador observar quaisquer condições que, em seu julgamento, possam constituir violações que impactam em risco iminente à saúde. Após a Anvisa receber a informação, a empresa Eli Lilly foi notificada a apresentar esclarecimentos sobre o caso. Foi comunicado que nenhum lote do produto foi importado dessa planta para o Brasil e que ela se encontra com as atividades paralisadas no edifício onde seria fabricado o medicamento. A Eli Lilly comprometeu-se, ainda, a não importar o medicamento deste local até a adequação e a comprovação de efetividade das ações tomadas. Mediante os dados apresentados, a Agência decidiu suspender a importação do medicamento fabricado no local em questão.
Apesar da mencionada suspensão, continua sendo possível a importação do medicamento fabricado nas seguintes empresas, conforme consignado na Autorização de Uso Emergencial (AUE) aprovada pela Anvisa:
Banlanivimabe:
Lilly France SAS (Fegersheim, França).
Jubilant HollisterStier LLC (Spokane, EUA).
BSP Pharmaceuticals S.p.A. (Latina Scalo, Itália)
Etesevimabe:
Lilly France SAS (Fegersheim, França).
A suspensão da importação poderá ser revogada mediante a apresentação de evidência completa de adequação da empresa às Boas Práticas de Fabricação (BPF).
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
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Anvisa decide suspender importação e uso da proxalutamida em pesquisas científicas com seres humanos no Brasil
Data de publicação: 02/09/2021
Data de atualização: 03/09/2021Na última quinta-feira (02/09), a Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu, por unanimidade, suspender, de forma cautelar, a importação e o uso de produtos contendo a substância proxalutamida, no âmbito de pesquisas científicas no Brasil.
A decisão foi motivada a partir de diligências provenientes da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul e diante da veiculação de notícias sobre a condução de pesquisas com o uso de proxalutamida em seres humanos, as quais dão conta de que unidades hospitalares e clínicas estariam usando o produto à base de proxalutamida à revelia dos estudos científicos aprovados pelo sistema Comitê de Ética em Pesquisa/Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/Conep).
Em uma análise inicial, os levantamentos apontam para assimetria de informação entre as importações requeridas e as pesquisas científicas aprovadas no âmbito do sistema CEP/Conep.
Adicionalmente, a Anvisa determinou as seguintes ações:
a) instauração de dossiê de investigação, com o objetivo de se obter mais informações acerca dos produtos à base de proxalutamida importados e utilizados no Brasil para a tomada de ações sanitárias, a fim de mitigar o risco para os usuários desses produtos, no que couber;
b) notificação dos serviços de saúde supostamente envolvidos na condução de pesquisas científicas com a substância proxalutamida no Brasil, a fim de contribuir para o aprofundamento das investigações em andamento pela Agência;
c) instauração de processo administrativo sanitário para apuração de possíveis infrações sanitárias decorrentes da apresentação, pelo importador, de documentos ou informações que tenham por objetivo induzir a Agência à anuência de importação irregular de medicamentos para uso em humanos.
A Anvisa solicitará informações à Conep sobre todas as pesquisas aprovadas com o uso da substância proxalutamida no Brasil, incluindo informações sobre o status das pesquisas, respectivos quantitativos do medicamento a serem utilizados em cada uma delas e instituições autorizadas a conduzi-las.
Ação cautelar
As medidas foram adotadas com base no princípio da precaução e sustentadas no interesse público, evidenciada a necessidade de elucidação do caso, e serão mantidas até que sobrevenham novas informações que permitam uma deliberação definitiva pela Agência, a partir do aprofundamento das investigações em andamento.
A suspensão da importação e do uso não se aplica aos estudos clínicos aprovados pela Anvisa com o produto proxalutamida para fins de registro.
Alerta
Todo e qualquer ensaio clínico envolvendo seres humanos, seja para fins regulatórios ou de caráter exclusivamente científico ou acadêmico, somente poderá ser iniciado no Brasil após autorização pelas instâncias éticas, representadas pelos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, a Conep, vinculada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), como estabelecido pela Resolução 466, de 12 de dezembro de 2012.
Diante dos fatos, a Diretoria Colegiada da Agência, adotando o princípio da precaução, decidiu suspender, de forma cautelar, a importação e o uso de produtos contendo a substância proxalutamida no âmbito de pesquisas científicas no Brasil, além de outras medidas sanitárias cabíveis, no âmbito regulatório e sancionatório, até que se obtenham dados adicionais e conclusivos quanto à regularidade das importações.
Mudanças
A Anvisa pretende aprimorar a atual regulamentação, com a proposição de iniciativa regulatória para tratar da revisão da RDC 172/2017, que dispõe sobre os procedimentos para a importação e a exportação de bens e produtos destinados à pesquisa científica ou tecnológica e à pesquisa envolvendo seres humanos, e dá outras providências, a fim de suprir eventuais lacunas existentes relacionadas ao fato exposto.
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
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Conheça os alimentos que o Líbano quer exportar ao Brasil
Data de publicação: 02/09/2021
Data de atualização: 03/09/2021Azeites, azeitonas, vinagres, conservas, ervas e especiarias, geleias, molhos, alimentos congelados, xaropes. Estes foram alguns dos produtos apresentados nesta quinta-feira (02/09) primeiro dia da feira virtual de produtos libaneses, promovida pela Embaixada do Líbano em Brasília. O evento contou com a participação de 11 empresas libanesas, sendo cinco especializadas em azeite de oliva. O público aproximado foi de 100 importadores brasileiros.
O adido econômico da embaixada, Anthony Moussa, moderou o evento que teve abertura da embaixadora Carla Jazzar, encarregada de negócios da embaixada. Jazzar lembrou que o evento ainda terá outros três encontros com diferentes produtos. “Os temas foram definidos por tipos de produtos que vimos potencial competitivo no mercado brasileiro”, disse a embaixadora. Para ela, o mais importante hoje na relação entre o Brasil e o Líbano é finalizar as negociações para o acordo de livre comércio Mercosul-Líbano. Ela afirmou que, segundo as autoridades, o acordo deve entrar em vigor até o ano que vem. Além das empresas libanesas, foram apresentadas outras iniciativas que podem ajudar no comércio de produtos do país árabe no Brasil.
Fonte: Agência Anba – Anba
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MME publica relatórios do Programa para Aprimoramento das Licitações de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural (BidSIM)
Data de publicação: 27/08/2021
O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou ontem (26/08) os relatórios do Programa para Aprimoramento das Licitações de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural (BidSIM), instituído pelo Decreto nº 10.320, de 09 de abril de 2020.
A finalidade do programa é aumentar a competitividade e a atratividade das áreas a serem ofertadas nas rodadas de licitações para exploração e produção de petróleo e gás natural.
Responsável pela execução do programa, o Comitê Interministerial Executivo é composto pelo MME, Casa Civil, Ministério da Economia (ME), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e, como convidada, Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP
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Acordos comerciais deixarão empresas brasileiras mais competitivas, diz Roberto Fendt
Data de publicação: 26/08/2021
O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, disse nesta quinta-feira (26/8) que os acordos comerciais abrem aos produtos brasileiros mercados importantes, não só pela redução das tarifas, mas também pela superação de barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias, assegurando mais segurança jurídica, mais previsibilidade e mais transparência aos exportadores brasileiros. “Por meio dos acordos garantimos que as empresas brasileiras poderão competir nesses mercados em pé de igualdade com outros exportadores”, afirmou, em audiência da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado para debater os acordos comerciais em negociação pelo Brasil.
Segundo Fendt, os acordos comerciais que o Brasil tem negociado permitem o acesso a insumos e tecnologias de ponta, além de estimular reformas internas e aumentar a concorrência no mercado nacional, fornecendo estímulos ao incremento da produtividade e da inovação. Para ele, uma maior abertura do mercado nacional também resultará na oferta de produtos mais variados e baratos, beneficiando o consumidor brasileiro.
Ele explicou que o Brasil também tem negociado acordos de facilitação de comércio, com o objetivo de estabelecer compromissos além das autoridades aduaneiras, o que permite alcançar diversas agências governamentais que têm alguma participação no comércio exterior. “Dessa forma, uma vez negociados, pode-se notar uma externalidade positiva no nivelamento de diversas agências brasileiras com o padrão internacional de atuação”, comentou.
Fendt observou que a pandemia da Covid-19 levou ao cancelamento das rodadas presenciais de negociação. Mesmo assim, o Brasil avançou nas negociações em diversas frentes e conseguiu a assinatura de um conjunto de regras com os Estados Unidos nas áreas de Facilitação do Comércio, Boas Práticas Regulatórias e Anticorrupção; a conclusão das negociações dos capítulos político e de cooperação do acordo Mercosul-União Europeia; e a evolução do Brasil no processo de adesão ao Acordo sobre Compras Governamentais da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Marco de inserção global
“A entrada em vigor do acordo entre o Mercosul e a União Europeia é um dos principais marcos no processo de inserção da economia brasileira no mercado internacional”, frisou. Entretanto, existem dois tipos de obstáculos à assinatura do acordo e o consequente início do seu processo de ratificação. O primeiro, segundo o secretário, engloba questões procedimentais, como a conclusão da revisão jurídica (legal scrubbing), a tradução dos textos e as discussões técnicas que surgem nesse processo.
O segundo obstáculo é político, ligado à agenda ambiental da União Europeia, que associa sua atuação comercial a esforços de conservação ambiental e mitigação de mudanças climáticas, colocando o apoio à transição a uma economia “verde” e à promoção de cadeias de valor responsáveis e sustentáveis como compromissos críticos. Para Fendt, a entrada em vigor do acordo atende diretamente ao objetivo de construção de uma práxis comercial “verde” e de estímulo a práticas governamentais e privadas com resultados ambientais positivos, apesar de manifestações contrárias, “algumas vezes de cunho protecionista de interesses específicos”.
Fendt destacou que o Brasil é um país extremamente bem-posicionado para usufruir de um contexto em que os impactos ambientais são internalizados nos cálculos econômicos. “Um dos principais ativos brasileiros nesse campo é uma matriz energética composta por um percentual de 46% de fontes renováveis, muito maior do que a média mundial, de aproximadamente 14%”, salientou, acrescentando que o Brasil não gera energia queimando carvão e poluindo o ambiente, mas com recursos renováveis – que respondem por quase metade da energia gerada no país.
“É impressionante a velocidade com que a renovação das nossas fontes renováveis de energia está ocorrendo no país”, disse. Por isso, ele entende que o Brasil está preparado para uma maior centralidade da agenda de desenvolvimento sustentável nas discussões comerciais, dentro de uma dimensão da defesa dos interesses nacionais ou regionais, em contextos de negociações bilaterais ou multilaterais.
Agenda negociadora
Quanto à agenda negociadora, Fendt destacou que as negociações de acordos comerciais do Mercosul com União Europeia, Associação Europeia de Comércio Livre (Efta), Canadá, Coreia do Sul, Singapura, Indonésia e Vietnã terão impacto positivo de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, além do aumento nos investimentos, na corrente de comércio, na massa salarial e na queda dos preços ao consumidor. “Os ganhos acumulados no PIB chegam a R$ 1,7 trilhão no período de 2021 a 2040, ano em que os acordos estarão implementados por completo”, informou, citando estudos do Ministério da Economia.
Ele declarou também que essas negociações em curso e as novas frentes negociadoras – como as com Indonésia e Vietnã – trarão avanços não somente em compromissos de desgravação tarifária, mas em compromissos importantes em matéria não tarifária, como barreiras técnicas, serviços, investimentos e compras públicas.
Além do secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos internacionais do Ministério da Economia, a audiência pública – presidida pela senadora Kátia Abreu (PP/GO) – contou com a participação de representantes dos Ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, da Confederação Nacional da Indústria e da Confederação Nacional da Agricultura.
Fonte: Ministério da Economia – ME
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Webinar vai abordar acordos comerciais e certificados
Data de publicação: 22/08/2021
Data de atualização: 23/08/2021A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e a Câmara de Comércio Árabe Brasileira firmaram acordo para ampliar a emissão de certificados de origem para os exportadores brasileiros. Para celebrar a parceria, as entidades promovem na próxima quinta-feira (26), às 17h, o evento Regras de Origem-Mercosul – Novos Acordos Comerciais e os avanços do COD – Certificado de Origem Digital.
Com o acordo firmado com a CACB, a Câmara Árabe passou a oferecer o certificado de origem preferencial, aquele que dá isenção ou redução de tarifas na exportação a países com os quais o Brasil tem acordos de livre comércio. A CACB é credenciada para tal. A Câmara Árabe já oferecia o certificado de origem comum ou não preferencial, que pode ser usado apenas para atestar a procedência da mercadoria, não para benefício de tarifa.
Fonte: Agência Anba – Anba
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“A nossa missão é modernizar o Mercosul”, diz Paulo Guedes”
Data de publicação: 19/08/2021
Data de atualização: 20/08/2021O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou nesta quinta-feira (19/8) o objetivo do Brasil de modernizar o Mercosul durante os seis meses em que o país ocupará a presidência temporária do bloco, até o final de 2021. Essa modernização depende da redução inicial da Tarifa Externa Comum (TEC) em 10% para todos os produtos e da flexibilização para que os membros possam realizar negociações comerciais independentes.
“O Mercosul não está correspondendo às expectativas que foram lançadas. Depois de um início forte, com a integração regional, ele simplesmente foi perdendo a importância ao longo do tempo. Precisamos, pelo menos durante a nossa presidência pro tempore, tentar uma modernização dessa ferramenta”, disse o ministro, durante a primeira audiência pública do ciclo “Mercosul: ampliação e modernização”, organizada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado.
Guedes destacou a importância do comércio internacional para a riqueza dos países, lembrando que, nos últimos 30 anos, em países como a ex-União Soviética, China, Índia e do Leste Europeu, 3,7 bilhões de eurasianos saíram da miséria, “mergulhando nas correntes globais de comércio”. Já o Mercosul, pioneiro na ideia de criar grandes blocos de integração comercial, acabou ficando para trás.
Redução tarifária
Para reverter esse quadro, o Brasil quer abrir a economia, com a redução imediata da TEC. “O resto do mundo se integrou, com 4% ou 5% de tarifa média de importação, enquanto no Brasil a tarifa média é de 13% ou 14%”, justificou.
A abertura imediata trará benefícios diretos aos consumidores, de acordo com o ministro, pois ajudará a combater a alta dos preços no mercado interno. “É até bom, porque ajuda a travar essa alta de inflação que está vindo aí. É a hora justamente de aumentar a oferta de alimentos, de aço, de material de construção. Tudo isso aí dá uma acalmada no setor”, comentou Guedes.
Essa abertura será gradual, em um ritmo que o sistema produtivo brasileiro comporte. “Vamos fazer isso muito gradualmente, um movimento muito tímido. A redução de 10% na tarifa de importação é suave, só para sinalizar e movimentar o setor produtivo”, garantiu o ministro.
Maior flexibilização
A outra dimensão da modernização é a flexibilização das regras do Mercosul para que os países-membros tenham liberdade de negociar acordos bilaterais e, se for vantajoso, os demais parceiros do Bloco possam aderir posteriormente. Guedes citou que já foram feitos 350 acordos comerciais no mundo todo e que o primeiro foi o do Mercosul.
No entanto, enquanto outros blocos e países fizeram novos acordos, o Mercosul ficou para trás. “O Brasil ficou aqui, junto com Argentina, Paraguai e Uruguai, prisioneiro de uma aliança que não consegue se modernizar. Então, a nossa missão é modernizar o Mercosul”, afirmou ele.
Conforme o ministro, apesar da resistência argentina, a modernização do Bloco conta com apoio do Uruguai. Já o Paraguai, que está “em cima do muro”, vai descer para apoiar o Brasil, que é a maior força econômica do Mercosul. “O Brasil é um país grande demais, com um potencial grande demais, com desafios enormes, e ele não pode ser prisioneiro de um arranjo institucional que não se modernize. Nós temos que modernizar o arranjo institucional”, insistiu.
Guedes entende que o Brasil está sendo “prisioneiro de um arranjo institucional que degenera os fluxos de comércio”. Por isso, admitiu, o país tem sido “duro” com os parceiros. “O Brasil é a maior força econômica do Mercosul. Não é o Brasil que tem que estar dentro do Mercosul. É o Mercosul que tem que estar onde o Brasil está.”, ponderou.
Caminho da prosperidade
O ministro da Economia salientou que essa modernização será boa para todo a América do Sul, que hoje “é um continente de desesperança”. “Nós não podemos reservar esse futuro aos brasileiros. Os brasileiros merecem um futuro melhor. Nós queremos trilhar o caminho da prosperidade. Esse caminho é o da integração com a economia global, com todo cuidado, com todas as considerações de preservação do parque produtivo”, apontou. De acordo com ele, a abertura e a flexibilização do Mercosul também evitarão que o país perca as oportunidades da revolução digital, já que o Brasil é o quarto maior mercado digital do mundo.
Segundo o ministro, é necessário modernizar o ambiente de negócios e receber investimentos para abrir a economia não só do ponto de vista comercial, mas também para os fluxos de comércio. “O nosso objetivo é justamente aumentar a produtividade do trabalhador brasileiro e os salários, aumentar a competitividade e os resultados das nossas empresas, e a riqueza das nações”, explicou Guedes.
Participação
A audiência pública foi realizada por videoconferência e presidido pela senadora Kátia Abreu. Além do ministro Paulo Guedes, participaram o ex-ministro das Relações Exteriores, o embaixador Celso Lafer; o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França; o embaixador do Uruguai para o Brasil, Guilhermo Valles Galmes; e o gerente de Políticas de Integração Internacional da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fabrízio Sardelli Panzini.
Confira a íntegra da audiência pública (1ª parte e 2ª parte).
Fonte: Ministério da Economia – ME
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Debatedores veem necessidade de redução de tarifa e abertura para Mercosul
Data de publicação: 19/08/2021
Data de atualização: 20/08/2021A crescente instabilidade no Mercosul nos últimos 20 dos seus 30 anos – ainda mais acentuadas durante a pandemia – reafirma a preocupação dos senadores com a recuperação do bloco. Essa realidade foi debatida nesta quinta-feira (19 na primeira audiência pública do ciclo “Mercosul: ampliação e modernização”, norteada em dois temas complexos: a redução da tarifa externa comum (TEC) e a flexibilização de regras do bloco.
Presidente da CRE, a senadora Kátia Abreu (PP-TO) pontuou que cada US$ 1 bilhão exportado pelo Brasil no bloco gera US$ 4,12 bilhões para a economia brasileira, sendo que mais de 80% das exportações para os países do bloco são de produtos especializados. Mas o Mercosul perdeu força, segundo a senadora, sobretudo no comércio entre Brasil e Argentina, com percentual de exportações reduzido de 8,9% em 2011 para 4,1% em 2020.
- A relevância, a sensibilidade e as implicações políticas requerem discussões abertas nos interessados na integração regional. É fundamental que se preserve e intensifique o livre comércio. Há um caráter de urgência na modernização do bloco – assegurou a senadora.
O senador Espiridião Amin (PP-SC) questionou sobre melhorias na logística e outras soluções que podem ser feitas para atrair mais parceiros comerciais internacionais.
Tarifa
Em março, o Brasil propôs a primeira revisão da TEC, cuja média de alíquotas está em 13,4%. A proposta inicial de redução em 20%, foi suavizada em 10% para este ano e mais 10% para 2022, mas não foi aceita pela Argentina, que apresentou proposta de corte de 10% mas apenas para uma lista de 75% dos produtos inseridos em pauta.
Ministro da Economia, Paulo Guedes foi enfático na afirmativa de que o Mercosul não conseguiu entregar as expectativas prometidas. Desde 2011, a relação entre as trocas brasileiras com o bloco e o comércio do Brasil com o mundo não supera 10%, percentual que chegou a 18% na década de 90 e hoje está entre 6% a 7%, segundo o ministro.
O Brasil quer aproveitar a presidência pro-tempore do Mercosul e modernizar o bloco nos próximos seis meses. Diante da negativa argentina, o Brasil defende agora uma redução linear de pelo menos 10%.
- Vamos tentar uma modernização do bloco, porque estamos acima do resto do mundo, com uma tarifa externa comum entre 13% e 14%, enquanto o resto do mundo está entre 3% e 4%. – afirmou o ministro.
O país, segundo Guedes, caminha para uma tímida abertura econômica, preservando o parque industrial. Ele disse entender a atual situação econômica da Argentina para se adaptar a essa liberdade, mas acredita que Brasil, Uruguai e Paraguai devem estar livres para modernização e abertura econômica.
- Não gostaríamos que a cláusula de consenso do Mercosul virasse um veto. O Brasil não pode ser prisioneiro de um arranjo institucional que não se moderniza e degenera os fluxos de comércio – expôs.
O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, afirmou que o Mercosul tem uma agenda multifacetada ao abarcar não somente a economia, mas também questões relacionadas a justiça, segurança, educação, ciência e tecnologia, cultura e defesa do consumidor.
- Mas o Mercosul não logrou ainda em se transformar em plataforma competitiva até hoje. Pouco fez até o momento para inserção do bloco em escala global – disse o ministro, para quem o êxito do projeto depende da integração de todos os atores, sendo compromisso do Itamaraty trabalhar para um bloco mais moderno.
Fonte: Agência Senado – SF
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Superávit da balança comercial chega a US$ 3,58 bilhões até a segunda semana de agosto
Data de publicação: 16/08/2021
Data de atualização: 17/08/2021A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,58 bilhões até a segunda semana de agosto, em um crescimento de 29,3%, pela média diária, em relação a agosto do ano passado. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) alcançou US$ 20,76 bilhões, em alta de 50,4%. No acumulado do ano, o superávit chegou a US$ 47,94 bilhões, subindo 44,6%, e a corrente de comércio atingiu US$ 299,70 bilhões, um aumento de 34,9%, na comparação com o período de janeiro a agosto de 2020. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16/8) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
As exportações em agosto, até a segunda semana, cresceram 46,9% e somaram US$ 12,17 bilhões, enquanto as importações subiram 55,7% e totalizaram US$ 8,59 bilhões. Já no acumulado desde janeiro, as exportações cresceram 36,2% e somaram US$ 173,82 bilhões, com as importações subindo 33,2% e alcançando US$ 125,88 bilhões.
Veja os principais resultados da balança comercial
Exportações por setores
O desempenho das exportações brasileiras por setores, neste mês, apresentou crescimento de 36,5% na Agropecuária, que somou US$ 2,46 bilhões; de 108,9% na Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,09 bilhões; e de 23,7% na Indústria de Transformação, com US$ 5,55 bilhões.
Na Agropecuária, o crescimento nas vendas foi impulsionado por café não torrado (+18,9%), soja (+72,5%) e madeira em bruto (+305,1%). Na Indústria Extrativa, destacaram-se minério de ferro e seus concentrados (+109,7%), minérios de cobre e seus concentrados (+147,1%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+108,6%).
Já a Indústria de Transformação teve crescimentos mais expressivos nas vendas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+80,5%), ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (+71,4%) e produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+82%).
Importações por setores
Do lado das importações, neste mês, também houve crescimento em todos os setores. Na Agropecuária, com alta de 18,1%, as compras do exterior somaram US$ 178,42 milhões. Na Indústria extrativa, a alta foi de 296,8%, chegando a US$ 556,05 milhões, enquanto a Indústria de Transformação registrou aumento de 51,7%, com US$ 7,81 bilhões.
O movimento de crescimento das importações na Agropecuária foi influenciado pela ampliação das compras de pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+101,5%), trigo e centeio, não moídos (+28,7%) e milho não moído, exceto milho doce (+213,7%).
Na Indústria Extrativa, os destaques foram os aumentos nas compras de carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+107,8%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+141,4%) e gás natural, liquefeito ou não (+795,6%).
Já na Indústria de Transformação as importações foram puxadas pelas altas de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+188,8%), medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+180,7%) e adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+97,8%).
Fonte: Ministério da Economia – ME
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Exportações crescem 36% no primeiro semestre e ajudam na recuperação da economia
Data de publicação: 12/08/2021
Data de atualização: 13/08/2021Com o início da retomada da economia mundial, as exportações brasileiras responderam positivamente no primeiro semestre de 2021. No período, a corrente de comércio do Brasil com o mundo foi de US$ 236,1 bilhões. Desse total, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 65% são de exportações para cinco grandes parceiros comerciais – China, União Europeia, Estados Unidos, Mercosul e Japão.
Juntos, eles totalizaram exportações de US$ 88,4 bilhões no primeiro semestre. O maior volume foi para a China, com US$ 47,2 bilhões, uma alta de 39% na comparação com o primeiro semestre de 2020. Em seguida vem a União Europeia, com US$ 17,8 bilhões (+26%); seguida por Estados Unidos, com US$ 13,3 bilhões (+10%); Mercosul, com US$ 7,9 bilhões (+46%); e Japão, com US$ 2,2 bilhões (+22%).
Quando considerados esses cinco principais parceiros juntos, a soma de 2021 teve alta de 31,8% em relação ao mesmo período de 2020, sendo o maior dos últimos 5 anos. Como as exportações totalizaram US$ 136,4 bilhões (+35,5%) e as importações somaram US$ 99,4 bilhões (+26,8%), o saldo comercial do semestre é de US$ 37,1 bilhões, o que representa um crescimento de 66,3%.
Fonte: Confederação Nacional da Indústria – CNI